terça-feira, 25 de novembro de 2008


Ángel Campos Pámpano faleceu
O escritor Ángel Campos Pámpano que nasceu em 1957 em San Vicente de Alcántara, Badajoz, morreu esta manhã, vítima de complicações pós-cirúrgicas, no Hospital Infanta Cristina, em Badajoz.
Ángel Campos Pámpano, galardoado com o Prémio Eduardo Lourenço 2008, iria receber o seu prémio no dia 27 de Novembro, na cidade da Guarda. A família será representada pela Conselheira da Cultura e Turismo da Junta da Extremadura.
O escritor foi presidente da Associação de Escritores Extremenhos e em 1992 fundou a Aula de Poesia Enrique Díez-Canedo de Badajoz, sob a égide dessa Associação, na qual implicou escritores e alunos de escolas, envolvendo a comunidade.
Ángel Campos Pámpano foi poeta, tradutor, editor e profesor, director e fundador das revistas bilingües Espacio/Espaço Escrito e Hablar/Falar de Poesia, traduziu grandes nomes da poesia portuguesa como Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Ruy Belo, Al Berto, Sophia de Mello Breyner Andresen com que recebeu o prémio de tradução Giovanni Pontiero, com a edição de Nocturno Mediodía, em 2006.
Em 2005, foi-lhe concedido o Prémio Extremadura a la Creación, com a publicação de um entrañable livro de poesia, dedicado a sua mãe, La Semilla en la Nieve.
Ángel Campos Pámpano, licenciado em Filologia Hispânica pela Universidade de Salamanca, foi professor (2002-2008) no Instituto Español de Lisboa, Giner de los Ríos. Nos últimos dois anos acumulou as funções de Vice-director para se dedicar às Comemorações do 75ª Aniversário da inauguração do referido Instituto, tendo concebido e planeado inúmeras actividades que lhe granjearam a amizade, o respeito e admiração de toda a comunidade educativa.
Esta manhã na sua Ciudad Blanca sentia-se um luto profundo.

OBRA

Traduções

Fernando Pessoa, Odas/Odes de Ricardo Reis. ( 1980)
Antonio Ramos Rosa, Ciclo del caballo (1985)
Mario Neves, La Matanza de Badajoz (1986)
Carlos de Oliveira, Micropaisaje (1987)
Fernando Pessoa, El marinero ; En la floresta del enajenamiento (1988)
Eugénio de Andrade, El otro nombre de la tierra (1989)
Antonio Ramos Rosa, Tres lecciones materiales (1990)
Adolfo A. Ruy de Moura Belo, País posible (1991)
Al Berto, Una existencia de papel (1992)
José Saramago, El año de 1993 (1996)
Mário de Sá-Carneiro, La confesión de Lucio (1996)
Fernando Pessoa, Odas de Ricardo Reis (1998)
Fernando Pessoa, Poesías completas de Alberto Caeiro (1997)
Fernando Pessoa, Odas de Ricardo Reis (1999)
Eugénio de Andrade, La sal de la lengua (1999)
Fernando Pessoa, Un corazón de nadie : antología poética (1913-1935) (2001 y 2004)
Eugénio de Andrade, Todo el oro del día (2004)
Eugénio de Andrade, Materia solar y otros libros : obra selecta (1980-2002) (2004)
Sofia de Melo Breyner Andresen, Nocturno mediodía : antología poética (1944-2001) (2004)
José Saramago. Poesía Completa (2005)
António Ramos Rosa, Las palabras más pobres (Antología Poética) (2006)
Carlos de Oliveira, Entre dos memorias. (Antología Poética) (2007)
Fernando Pessoa, Lo mejor del mundo son los niños (Antología Poética). (2008)


Antologias

Coeditou com Álvaro Valverde Abierto al aire. Antología consultada poetas extremeños (1971-1984) (1985).
É o responsável de Los nombres del mar. Poesía portuguesa 1974-1984. (1985)

Obra poética

Materia del olvido (1986)
La ciudad blanca (1988)
Caligrafías (1989) en colaboración con el pintor Javier Fernández de Molina
Siquiera este refugio (1993)
Como el color azul de las vocales (1993)
De Ángela (1994)
La voz en espiral (1998)
El cielo casi (1999)
El cielo sobre Berlín (1999) con serigrafías de Luis Costillo
Jola (2004) en edición bilingüe, con traducción al portugués de Ruy Ventura y fotografías de Antonio Covarsí
La semilla en la nieve (2004)
Por aprender del aire, con dibujos de Javier fernández de Molina (2005)
La vida de otro modo. Poesía reunida 1983-2008. Introducción de Miguel Ángel Lama. (2008)

Entre outras antologias, a sua obra foi incluída em Las ínsulas extrañas. Antologia de poesia em espanhol (1950-2000), ao cuidado de J. A. Valente, Andrés Sánchez Robayna, Blanca Varela e Eduardo Milán e em Campo Abierto (antologia do poema em prosa em Espanha a cargo de Marta Agudo e Carlos Jimenez Arribas.


HOMENAGEM

Poema de Ángel Campos Pámpano



EL PATIO

sabrás que lo que queda
es tan sólo una ausencia compartida
un otoño más lento que este otoño

han brotado sin ti
un par de rosas nuevas en el patio

han nacido sin ti
tú ya no puedes
pedirle a alguien que te las acerque
que las coloque en un vaso con agua
ahí frente a tus ojos

ya no puedes mirar
ni las rosas del patio
ni la grieta del muro
que se abre sin ti
sin que tus manos puedan hacer nada
para cerrar la herida

no hay silencio más rígido
que el de este patio ahora

sin ti

muda soledad que no cobija
que se impone como luz desconchada
que olvidara la cal de donde nace
como ese óxido
que arraiga para siempre en el desagüe

va cayendo la tarde desatenta
ajena a la derrota
que crece desde ti confusamente

y ajena también a la quietud de los geranios
que tus manos podaban

a la desolación

sabrás que lo queda es el fulgor
de la presencia tuya en las dos rosas
marchitas en el vaso




Com muita saudade.
Deolinda Monteiro


Fotografado por Juan Mayo, nos Jerónimos, por ocasião de Diálogos Peninsulares em Torno de Fernando Pessoa

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Castanhada na Infantil!

Também na Infantil se comemora o dia de São Martinho.
A celebração foi feita com muita animação;com cantigas dedicadas ao tema e muitas castanhas quentes e boas!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A magia de S. Martinho

Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França.
Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.

Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.

Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.
Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.

É por isso que todos os anos no dia 11 de Novembro, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...